Por Cris Akemi
Ilan Brenman é um autor extremamente ousado. Em parceria com o ilustrador Renato Moriconi tem uma linda coleção pouquíssimo convencional.
Estes livros nos oferecem a oportunidade de viajar na imaginação, de ousar pensar coisas diferentes, criar, se divertir, além de trazer referências históricas e literárias ampliando nosso repertório. Em “Bocejo” grandes ícones míticos e históricos contagiam o leitor na arte de bocejar. Já em “Telefone sem fio” somos convidados a uma brincadeira tão antiga, entre personagens bem conhecidos pelos pequenos. O que será que o lobo vestido de vovozinha disse a Chapeuzinho vermelho?, ou o papagaio disse ao índio? Excelente para estimular a criança a desenvolver sua perspicácia, além da oralidade e escrita, pois poderá ela mesma escrever diferentes versões para as ilustrações propostas. E por fim “Caras animalescas” que traz criaturas caricatas, parecidas com animais. Esse é talvez o mais ambíguo, pois ao mesmo tempo que é divertido, pode surtir efeito contrário e se não for bem interpretado, ao invés de brincar com a questão da beleza na diferença, e na caricatura, pode estimular a criação de esteriótipos preconceituosos. Portanto é um livro que traz a necessidade da intervenção de um adulto, que pode orientar a uma direção interpretativa mais benevolente.
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